A organização pediátrica, Childhood Cancer International (CCI), criou em 2002 a data para voltar os olhos do mundo a importância da conscientização sobre o câncer infantil.

O diagnóstico de câncer vem associado ao estigma do sofrimento e frequentemente, ao medo da perda e do luto. Quando falamos do câncer infantil, o impacto ganha proporções ainda maiores sobre esses sentimentos, visto que a criança ainda está no início de sua vida e o diagnostico vem com a incerteza de uma continuidade de sonhos e planos.   Entretanto, quando diagnosticado em sua fase precoce, o prognóstico favorável aumenta a taxa de sobrevida e diminui os riscos de complicações associadas, o que torna imprescindível estabelecê-lo quanto antes.

Câncer Infantil:

Com características próprias diferentes da doença em adultos, o câncer infantil apresenta mutações durante a divisão celular. As células devido ao não amadurecimento, replicam-se rapidamente e de forma desordenada, onde quando mutadas invadem órgãos e tecidos, fazendo com que eles se proliferem mais rápido.

Dados epidemiológicos:

Segundo a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, estima-se que todos os anos, 300 mil casos são diagnosticados em todo o mundo entre crianças de 1 a 19 anos. No Brasil, o câncer é apontado como a primeira causa de morte de doenças entre crianças e adolescentes, onde estima-se cerca de 8.400 casos em 2022, segundo o INCA.  

Entre os cânceres com maiores frequências nessa faixa etária, estão:

  • Leucemia, onde a criança pode apresentar palidez, sangramentos espontâneos, hematomas sem traumas, dores ósseas e articulares devido o acometimento medula óssea por células anormais
  • Tumores no sistema nervoso central com manifestações na coordenação motora, equilíbrio, comportamento, presença de dores de cabeça e vômitos, em especial, ao acordar.
  • Linfomas onde o aumento dos gânglios linfáticos no pescoço, axila ou virilha são sinais relacionados com frequência nesse tipo de câncer. Tosse, falta de ar, dor no tórax, perda de peso e suores noturnos também são relatados pelos pacientes durante avaliação clínica.
  • Neuroblastomas e Tumor de Wilms apresentam características semelhantes, como o aumento de massa ou volume na região abdominal.
  • Retinoblastomas, popularmente conhecido como “olho de gato”, apresenta alterações oculares como brilhos “esbranquiçados” quando a retina é exposta a luzes focadas como flashes ou através de fotofobia, quando a sensibilidade a luz é exacerbada. Outras características que também requerem avaliações, são movimentos irregulares ou desvios nos olhos.

Diagnóstico do câncer infantil:

Assim como na fase adulta, o diagnóstico precoce do câncer infantil impacta diretamente no prognóstico positivo do tratamento. Como os demais diagnósticos, a avaliação física em conjunto com a queixa do paciente, direciona o profissional para a investigação por meio de exames complementares a depender de sua hipótese.

Tratamento:

Atualmente, as chances de cura ultrapassam 80% dos casos em tratamento, sendo os mais comuns

  • Tratamentos cirúrgicos;
  • Quimioterapia;
  • Radioterapia;
  • Imunoterapia.

Prevenção:

Diferente dos cânceres que acometem os adultos, na infância não existem evidências científicas que permitam a associação de fatores de risco, a doença. Por essa razão, a prevenção do câncer infantil, se dará ao acompanhamento pediátrico regular.

Nem todo choro é só por atenção. Fique atento aos sinais e queixas dos seus filhos e na suspeita de alterações, consulte o pediatra.