A hanseníase (antigamente conhecida como lepra), é uma doença infecciosa e contagiosa. A transmissão ocorre por meio de contato próximo e contínuo com gotículas de saliva e secreções nasais de pacientes não tratados.
DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
Em 2020, foram reportados à Organização Mundial da Saúde (OMS) 127.396 casos novos da doença no mundo. Desses, 17.979 foram notificados no Brasil.
GRUPO DE RISCO:
A rigor, todas as pessoas estão em risco de contrair a doença. O que acontece é que a maioria dos seres humanos apresentam uma resistência natural devido as suas defesas biológicas contra o bacilo causador da hanseníase, ou seja, mesmo entrando em contato com a bactéria da hanseníase não adoecem.
Nesse contexto, para contrair a hanseníase é preciso ser suscetível. Essa característica é definida por fatores genéticos e sociais, já que a baixa renda, escolaridade e moradias insalubres aumentam o risco.
SINAIS E SINTOMAS
- Manchas (brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas) e/ou região de pele com alteração da sensibilidade térmica (diminuição de resposta ao calor ou frio) sensibilidade intensa ou diminuída ao toque.
- Áreas com diminuição dos pelos e do suor;
- Sensação de formigamento, dormência ou fisgadas em extremidades como mãos e pés.
- Diminuição da força muscular;
- Nodulações em pele dolorosas a palpação, mas comumente em regiões frias do corpo, como orelhas, mãos e cotovelos.
TRATAMENTO
O tratamento da hanseníase é feito de forma medicamentosa com PQT, que consiste na administração de múltiplos antibióticos.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da hanseníase é realizado por meio de avaliação clínica dermatológica, por meio de testes de sensibilidade, palpação de nervos e avaliação resistência motora. Caso necessário, poderá ser realizado a Baciloscopia, sendo um exame que coleta a serosidade cutânea colhida diretamente das orelhas e lesões de pele se houver.
COMO SE PREVENIR
A principal forma de prevenção é o diagnóstico precoce, com início do tratamento. Após doses iniciais do medicamento, o paciente passa a não transmitir mais a doença. Porém, é necessário cumprir todo o esquema medicamentoso para que não ocorra retorno ou novas contaminações e resistência aos antibióticos utilizados.
VOCÊ SABIA?
Não existe vacina específica para Hanseníase, porém a vacina BCG que é normalmente aplicada no nascimento para prevenir tuberculose, consegue também reduzir os riscos de hanseníase. Isso ocorre, pois os agentes causadores de ambas as doenças são semelhantes.
Observe o seu corpo, pratique o autocuidado e caso note alguma alteração, busque por um profissional de saúde.
TODOS JUNTOS CONTRA A HANSENÍASE!